Às vezes acho inacreditável sermos considerados a imagem e semelhança de Deus. Uma terra infestada de ratos a serem dominadas por porcos. Gente tão mesquinha, tão miserável que não se tornam a imagem e semelhança de nada a não ser a própria depressão.
Morte e violência tornaram-se o playground de lunáticos e sociopatas de todas as partes. E não posso mentir, acho tudo isso muito divertido. Pessoas que funcionam de formas aleatórias, incapazes de criar e totalmente dispostas a destruir. E isso me parece tão inteligente quanto as piadas de domingo do Faustão.
“Meu Deus é maior”, dizem segurando no ombro um rifle capas de deixar um buraco maior que a dúvida de meus pensamentos. Nessa guerra divina, os deuses nos devem ver como participantes de reality show. Presos em um mundinho e prontos a nos matar por 15 minutos de fama. É incrível a forma que entregamos Nobels a macacos.
Vejo o fim. Percebo as mudanças acontecendo. Toda vez que uma onda gigante atinge as costas litorâneas do Japão ou algum terremoto faz tremer o confortável quartinho das crianças. Quando os reatores nuclear explodem e uma nação fica doente com as armas que criaram para melhorar suas vidas. A cada vez que me deparo com essa situação, vejo os pensamentos no mundo tornarem-se coletivos. Pessoas dispostas a prestar condolências brotam dos lugares mais longínquos da terra.
Deus, se nos fizestes sua imagem e semelhança, por que minha percepção de amor é limitada apenas na desgraça. Será esse o plano? Por que apenas no fundo do abismo entendemos de amor?
Uma arma, uma bala, uma taça de vinho e muito assunto para conversar.
Douglas Valério
Redator Publicitário
@DogValerio
Acho que eu nunca escrevi tanta merda. Mas foda-se, eu gosto das coisas agridoce.
ResponderExcluirO importante é o artigo fazer refletir.
ResponderExcluirEste me fez refletir bastante...
A vida é engraçada mesmo! Um incongruência sem fim! O que para uns é certo para outros é abominável...rs
E assim caminha a humanidade.