quarta-feira, 20 de outubro de 2010

490 vezes fui perdoado

Da morte veio a vida e do nada tudo começou. Ele ao dar seu primeiro suspiro, criou a lama que deu início a todo o universo. Criou o homem e de apenas uma costela, criou também sua eterna companheira. Nos ensinou a andar, a falar, nos alimentou, nos deu regras e também nos deu deveres. E como um presente, nos abençoou com a liberdade de escolha.
Nascemos, crescemos nos multiplicamos e morremos para que assim possamos viver para a vida eterna. Então essas foram as regras básicas da criação. Porem a vida parte do princípio de que enquanto estamos respirando, estamos aprendendo. E durante este processo de aprendizagem podem vir a surgir dúvidas, ainda mais quando se trata de questões abstratas. As dúvidas nos guiam para vários caminhos, uns que podem ser corretos, como também, nos momentos de ignorância podemos acabar igualmente por optar para caminhos contrários.
Setenta vezes sete vezes ele pediu para que nos perdoássemos. Os que optassem por não escutar os conselhos do pai, se perderiam em sua trilha a caminho da terra prometida. Mesmo que ande pelos vales da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo.
Em toda nossa vasta cultura humana, o filho caçula que se negou as ordens diretas de seu pai, adquiriu durante o tempo, tantos nomes que nem o próprio tempo pode contar. Os que se guiam pelos becos imundos do submundo, que andam perambulando pelas ruas, sujos, descalços e famintos foram abraçados pelo anjo caído da criação. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus. E assim será.
Longe de casa, estamos propícios a passar todo tipo de inferno particular. As piores angustias, pesadelos e lamentações se tornam os cereais para o início de uma bela manhã. As lembranças nos devolvem os sentimentos perdidos nas areias do passado. Em meio a escuridão podemos nos recordar da luz e dela surgirá o caminho de volta. Então quando finalmente ele surgir, isso significara que conseguimos nos perdoar setenta vezes sete vezes.

Douglas Valério
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2 comentários:

  1. Adorei, muito boa a sua colocação do criacionismo, de como devemos nós portar...leitor assíduo da bíblia? parabéns. Letycia

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  2. amei parabéns pelo texto, que belo conteúdo
    te adoro
    ;*thayane cordeiro

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