quarta-feira, 30 de março de 2011

Polícia para quem precisa. Nós precisamos.

No orgulhoso livro da história goianiense, um triste capítulo foi adicionado contendo páginas que serão eternamente recordadas por várias famílias do subúrbio goiano. O episódio que ficou conhecido como “O outro lado da PM” teve parágrafos escritos por vários jornalistas, escritores e cidadãos. Porém, as palavras postadas, carregavam muito mais do que tinta.

Com uma introdução de cunho federal a narração intitulou-se de Sexto Mandamento. O parágrafo primeiro nos conta a história contrária da que estamos acostumados a ouvir. O jogo ficou inverso ou ligeiramente igualado. Agora é mocinho contra mocinho. De um lado, policiais federais, que tinham como objetivo identificar e prender uma pequena parcela de outros policiais que faziam parte de um grupo de extermínio. Do lado oposto, o corpo militar convencional com um pequeno grupo de homens mal treinados, que utilizavam do poder armado para exercer sua própria versão da lei.

A palavra tem poder, e o homem sabe disso. Publicado no jornal e em todos os outros veículos, a notícia de uma polícia deficiente se espalhou rapidamente por todo Brasil. A imagem da PM goiana ficou fortemente queimada frente à sociedade. E como se não bastasse, dias após, aconteceu uma ostensiva à fundação Jaime Câmara depois de publicado mais informações denegrindo novamente a corporação. Viaturas da Rotam rodearam a sede do jornal e o afastamento de um dos personagens desta trama foi eminente. Saí de campo Carlos Henrique da Silva, tenente-coronel do batalhão da Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas - Rotam.

Foi um longo período de desprezo e críticas da população as ações da Polícia Militar. Até mesmo o desarmamento dos homens foi citado como projeto de lei. Finalmente chegaram os dias escuros para aqueles que se julgavam sempre acima da justiça. Mas como em toda boa história, os mocinhos sempre voltam por cima.

Reestruturada e agora com novos soldados, novos carros, novos uniformes e também novas cores a PM regressou às ruas de cara nova. E a espada afiada da polícia militar, a Rotam, que depois dos incidentes, permaneceu ausente por vários dias, retomou o patrulhamento após um recente acontecimento envolvendo total desacato a autoridade policial. Jovens que haviam abordado um grupo de policiais, prenderam, torturaram e roubaram as armas dos militares.

Ao contrário do que está escrito nas páginas dos jornais, estes heróis merecem sim um lugar de destaque neste conto. Com um trabalho exaustivo e estressaste acaba se tornando uma opção para alguns denegrir a imagem de muitos e optar por um modo mais fácil de levar a vida.

Neste país onde as leis são criadas para defender os criminosos, mostremos então respeito aqueles que se levantam pela manhã, deixando suas próprias famílias para que outras famílias possam gravar em seus livros pessoais uma história que acaba com um final feliz.

Douglas Valério - Redator Publicitário

Twitter: @DogValerio

Um comentário:

  1. Lindo seu discurso tentando comover as pessoas com emoção e sentimento, mas essa realidade foge das famílias que estão a procura, até hoje, de seus parentes desaparecidos, no qual os últimos a estarem com eles não sabem dar uma explicação plausível - ROTAM.

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